TEATRO ÍDICHE,
VANGUARDAS TEATRAIS,
RESISTÊNCIA À DITADURA
O TAIB abriu suas portas na Casa do Povo em 1960 para ser o maior teatro ídiche do Brasil. Após importantes encenações com grandes diretores como Turkow, Rotbaum e Kurlender, a peça O Dibuk (já em língua portuguesa, dirigida por Graça Mello) marcou o fim precoce desta vocação.
O teatro tornou-se então o palco das vanguardas teatrais e marcou a resistência cultural à ditadura militar. Foi a sede do Teatro Popular do SESI (1966-1972) e acolheu inúmeras peças do Teatro de Arena. Também foi espaço para produções de Ruth Escobar, direções de Antônio Abujamra, históricas apresentações como Ponto de Partida, de Gianfrancesco Guarnieri, que denunciou o assassinato de Vladimir Herzog, e Murro em ponta de faca, de Augusto Boal.
Por aqui passaram nomes como Sérgio Mamberti, Dina Sfat e Esther Góes, que começaram suas carreiras no TAIB, somados a Tatiana Belinky, Júlio Gouveia, Plínio Marcos, Gianni Ratto, Alberto d'Aversa, Renato Borghi, Fafá de Belém, Millôr Fernandes, MPB4, Angela Ro Ro, entre tantos outros que formam uma geração das artes brasileiras.
Ao mesmo tempo nunca deixou de ser um lugar para atividades amadoras, um centro cultural de bairro, um lugar de comemorações comunitárias e um auditório para grandes encontros políticos.