UM
TEATRO
PARA O
FUTURO



 65 ANOS
DE HISTÓRIA




TEATRO ÍDICHE,
VANGUARDAS TEATRAIS,
RESISTÊNCIA À DITADURA


O TAIB abriu suas portas na Casa do Povo em 1960 para ser o maior teatro ídiche do Brasil. Após importantes encenações com grandes diretores como Turkow, Rotbaum e Kurlender, a peça O Dibuk (já em língua portuguesa, dirigida por Graça Mello) marcou o fim precoce desta vocação.

O teatro tornou-se então o palco das vanguardas teatrais e marcou a resistência cultural à ditadura militar. Foi a sede do Teatro Popular do SESI (1966-1972) e acolheu inúmeras peças do Teatro de Arena. Também foi espaço para produções de Ruth Escobar, direções de Antônio Abujamra, históricas apresentações como Ponto de Partida, de Gianfrancesco Guarnieri, que denunciou o assassinato de Vladimir Herzog, e Murro em ponta de faca, de Augusto Boal.


Por aqui passaram nomes como Sérgio Mamberti, Dina Sfat e Esther Góes, que começaram suas carreiras no TAIB, somados a Tatiana Belinky, Júlio Gouveia, Plínio Marcos, Gianni Ratto, Alberto d'Aversa, Renato Borghi, Fafá de Belém, Millôr Fernandes, MPB4, Angela Ro Ro, entre tantos outros que formam uma geração das artes brasileiras.

Ao mesmo tempo nunca deixou de ser um lugar para atividades amadoras, um centro cultural de bairro, um lugar de comemorações comunitárias e um auditório para grandes encontros políticos.



"O TAIB significou muito para nós, artistas, nos anos setenta e oitenta, uma casa de espetáculos de grande poder de atração. É inadmissível perder espaços com essa qualidade de história e com esse potencial."

Esther Góes, atuou no TAIB em Pequenos
Burgueses (1977) e Santa Joana (1985)



"Foi no TAIB onde assisti pela primeira vez um balé, ainda criança, nos meados dos anos 80. (...) Estava no mezanino e meu corpo inteiro arrepiou."


Cristian Duarte, coreógraforesidente na Casa do Povo


"Foi lindo porque o teatro estava novinho em folha, o diretor era o Abujamra, produção da Ruth Escobar."

Sérgio Mamberti, ator, lembra, emocionado, de sua estreia no TAIB em Antígone América (1962)




| 1 |
Ruth Escobar e Felipe Wagner em Antigone-América, de Carlos Henrique Escobar. 1962.

| 2 | Programa de inauguração do TAIB. 1960.

| 3 | Cena de Ponto de Partida, dirigida por Gianfrancesco Guarnieri, em cena com Sônia Loureiro. 1976.

| 4 | A Família Blank, dirigida por Jacob Rotbaum. 1962.

| 5 | Murro em ponta de faca, de Augusto Boal. 1978.

| 6 | Desenho de Gianni Ratto para a peça Pequenos Burgueses, dirigida por Renato Borghi. 1977.
UM TEATRO DO FUTURO

Em 2025, o TAIB se reinventa mais uma vez.
Será um palco para performance, música experimental, cinema expandido. Um lugar para vida.


PROTOTIPANDO
Nos últimos anos, testamos o TAIB do futuro:

Performance: Bom Retiro 958 metros, Teatro da Vertigem (2012)
Exposição: Supremacia humana: o projeto falido, Dan Lie (2019)
Cinema expandido:
Cidade, Mark Lewis (2019)
Teatro expandido: LESTE, Martha Kiss Perrone (2021)
Instalação: Mir zaynen do, Yael Bartana (2023)


VEM AÍ: EM 2025, A CASA DO POVO DESENVOLVE E ACOLHE PARTE DO PROGRAMA DE PERFORMANCE DA 36A BIENAL DE SÃO PAULO NO TAIB


ATIVAR UM ECOSSISTEMA

Coletivos residentes que já usam a Casa do Povo pedem a volta do TAIB.

Legítima Defesa | Prêmio Shell (2024)
Cristian Duarte em companhia | 5 prêmios APCA
Futura | Prêmio Denilto Gomes de Dança (2023)
UEINZZ | Rumos Itaú Cultural 2015
coletivA ocupação | Stage Debut Award (2020)
MEXA | Concorrendo ao Prêmio PIPA (2025)
OLHANDO MUNDO AFORA

São Paulo é a sede de importantes festivais voltados para práticas experimentais, seja de teatro, dança e performance, como MITsp e Faroffa, música experimental, com Novas Frequências, Música Estranha e Chiiiii, ou artes visuais, com Verbo, entre outros de pequeno e médio porte.

A cidade, porém, carece de salas com uma programação anual fixa e sólida, voltada para a criação e a difusão de produções contemporâneas, transdisciplinares, nacionais e internacionais.


Para ser coerente com sua história de vanguarda, o TAIB será um palco focado em novas linguagens, colocando São Paulo num circuito internacional formado por espaços como Proyecto Martadero (Cochabamba), Alkantara (Lisboa), Kaserne (Basel), Sophiensæle (Berlin), NAVE (Santiago).

O restauro do TAIB pretende respeitar a passagem do tempo. Em diálogo com técnicas de restauro contemporâneas, mantém as marcas e camadas da sua história. Diversos espaços cênicos fizeram o mesmo, seja no Brasil, como o Teatro Oficina, ou ao redor do mundo, em lugares como Battersea Arts Centre (Londres) ou Bouffes du Nord (Paris).


O PLANO
       
v


INFRAESTRUTURA
. Projeto de acústica  | 01 |
. Climatização  | 02 |
. Equipamento de luz, som e vídeo
. Novos banheiros e camarins

. Recuperação mantendo as
características do teatro histórico

. Cortina de boca de cena  | 03 |
. Acessibilidade universal | 04 |

ESTRUTURA
. Espaço modular: caixa preta,
palco italiano, com ou sem assentos
. Até 326 pessoas sentadas

REFORMA

.  Forro | 05 |  
. Palco e fosso de orquestra  | 06 |
. Urdimento
. Acesso  | 07 |
. Recuperação parcial das cadeiras |08|